Mapear o movimento: tempo, memória e ancestralidade

"Mapear o Movimento: Tempo, Memória e Ancestralidade" é uma ação artístico-pedagógica desenvolvida pelos artistas Marcos Ferreira e Ruan Wills, que articula uma residência artística com jovens artistas da dança e a circulação do espetáculo Dembwa por três regiões da cidade de Salvador-BA.

O projeto tem como foco a investigação das relações entre corpo, território e ancestralidade, a partir de práticas que atravessam o tempo e a memória coletiva. Por meio da residência artística, dez jovens artistas-dançarinos de Salvador serão convidados a vivenciar um processo formativo intensivo, que propõe reflexões sobre como o corpo pode ser um espaço de escuta, criação e transformação, em diálogo com suas próprias histórias e com as dinâmicas socioculturais da cidade.

A pesquisa desenvolvida por Marcos Ferreira e Ruan Wills parte de um olhar atento às tecnologias corporais ancestrais, às movimentações urbanas e às expressões culturais de matriz afro-brasileira. Durante a residência, os participantes serão provocados a mapear seus próprios trajetos de movimento, reconhecendo os chãos que os atravessam e construindo novas possibilidades de existência e criação.

Complementando a ação formativa, o projeto também prevê a circulação do espetáculo Dembwa, obra que sintetiza muitas das reflexões que permeiam a pesquisa dos artistas. As apresentações acontecem em três diferentes regiões da capital baiana, com o objetivo de ampliar o acesso à produção artística contemporânea e fortalecer o diálogo com diferentes públicos e territórios da cidade.

"Mapear o Movimento" é, antes de tudo, um convite para reconhecer, reativar e reinventar os caminhos que nos trouxeram até aqui, afirmando a potência do corpo negro como território de memória, resistência e futuro.